Após adiamento, fica marcado para o dia 13 de agosto, o início da segunda fase do open banking —novo modelo proposto e que está sendo implementado no Brasil pelo BACEN. A proposta do Open Banking é de reestruturar o nosso sistema financeiro, modificando o mesmo. Com essas mudanças, pretende-se tirar o domínio dos bancos, passando esse poder para os clientes.
A fase que começaria a ser implementada ainda nessa semana concederá ao consumidor o poder de autorizar que seus dados pessoais sejam compartilhados com as demais instituições financeiras. A decisão de adiar o início da segunda fase partiu da estrutura de governança do Open Banking, já que as instituições participantes ainda estão realizando testes finais que visam certificá-los para homologação e registro de suas APIs.
Se você ainda não está por dentro do que significará o Open Banking, fique tranquilo, pois faremos um resumo abaixo dos principais pontos dessa inovação no cenário financeiro.
O que o Open Banking vai trazer de novo?
Essa inovação se concentra no compartilhamento de dados cadastrais e de transações de clientes, mediante seu conhecimento do fato. Esse sistema financeiro que promete clareza e abertura (por isso também é conhecido como Sistema Financeiro Aberto) possibilitará aos clientes de produtos e serviços financeiros abrirem e partilharem seus dados e informações entre instituições diferentes e autorizadas pelo Banco Central. O Open Banking também permitirá aos clientes movimentarem suas contas utilizando plataformas variadas, e não somente pelo site do banco ou app do mesmo.
Especialistas afirmam que esse processo possibilitará a ampliação da concorrência, o que possivelmente irá gerar custos mais baixos no acesso ao crédito no mercado brasileiro.
A novidade do Open Banking é uma aposta para a redução do valor das anuidades de cartões de crédito e para os empréstimos, que de uma forma geral, possuem juros muito altos atualmente.
Há ainda, segundo especialistas, a tendência de maior fluidez e rapidez na concessão de crédito, além de uma tendência de tornar esse processo menos burocrático — Se os bancos e financeiras costumam levar dias para autorizarem a concessão de crédito, com essa nova estrutura, é possível que autorizem a transação no mesmo dia.
Os clientes que não possuíam histórico na instituição concedente também serão auxiliados por essa proposta de abertura e circulação dos dados entre as instituições. Uma outra facilidade dirá respeito aos documentos, que serão compartilhados por todas as empresas, o que será determinante para facilitar a abertura de contas, por exemplo.
O Open Banking também garantirá que as instituições financeiras possam ofertar produtos indicados a cada cliente considerando suas possibilidades financeiras e aquilo que necessitam, ou seja, produtos personalizados para cada perfil.
Alguns exemplos dessa nova dinâmica:
- caso você comece a consumir determinados produtos – como materiais de construção – e pela fatura do seu cartão de crédito as instituições financeiras os identifiquem. A instituição poderá deduzir que você está construindo ou expandindo sua residência, e poderá realizar a oferta de um seguro residencial.
- caso você efetue a abertura de uma conta em um banco digital, ele poderá ofertar a você, partindo de seu relacionamento com um banco tradicional, um limite de cartão de crédito mais atrativo.
O indicativo após a implementação do Open Banking é de uma elevação na capacidade dos brasileiros em gerirem sua vida financeira, ao menos a experiência dos cidadãos britânicos apontou para tal fato após a chegada e efetivação da proposta do Open Banking no país. A ideia de poder realizar o monitoramento de todas as dívidas e investimentos de um só local pode permitir esse maior controle.
Além disso, os apps terão a possibilidade de ofertar serviços que permitam que tarifas e produtos sejam comparados, permitindo ao cliente optar por aquelas opções mais atrativas. De um mesmo ponto você poderá visualizar toda a sua realidade financeira, utilizando isso a seu favor.
É importante frisar que as informações em fluxo serão obrigatoriamente protegidas por sigilo bancário. O consentimento para acesso às informações também deverá ser dado a cada instituição para finalidades determinadas, o que ocorre de maneira diferente com as autorizações para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que não possuem prazos.
A partir de então, os clientes irão conferir às instituições financeiras umas série de consentimentos, com 12 meses como período máximo. O tempo precisa ter compatibilidade com a finalidade a que se destina, ou seja, se você der o consentimento para um contrato de seis meses, o acesso às suas informações não poderá ser equivalente a um ano.
Esteja atento às fraudes!
As autorizações de acesso aos seus dados deverão ser realizadas diretamente com a instituição bancária, por meio do aplicativo ou pelo internet banking. Não caia em propostas e solicitações de golpistas! Esteja sempre atento aos canais utilizados para as autorizações:
- Desconsidere consentimentos via Whatsapp;
- Desconsidere consentimentos pelo Bacen;
- Desconsidere consentimentos por mensagem;
Desconfie de mensagens e nunca envie seus dados a intermediários!
Lembre-se de que apenas as instituições financeiras e outras instituições autorizadas a funcionar pelo BC tem a permissão de participarem do universo do Open Banking.
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