Nossa sociedade caminha a passos largos para um futuro nada interessante em termos ambientais. Isso porque há mais de cinco décadas adotamos um sistema de consumo sem consciência e extremamente predatório no que diz respeito à utilização de recursos naturais. Em contrapartidas, medidas de recuo e proteção não vêm sendo adotadas de maneira satisfatória e projeções para o ano de 2050 afirmam que a demanda global por recursos como energia fóssil, extração de metais em sua maioria e biomassa pode chegar a 130 bilhões.

Estamos habituados ao consumo desenfreado de bens materiais. A necessidade de consumir a todo o tempo se tornou o novo normal e, por esse motivo, é a quantidade de resíduos desse processo lançados na natureza se multiplica. Em virtude dessas práticas cada vez mais intensas, os efeitos negativos percebidos no meio ambiente são catastróficos, o que afeta países desenvolvidos e, principalmente, países emergentes e/ou em desenvolvimento.

Esse tipo de economia, chamada linear, não atende mais as necessidades do planeta, vide o fato dos inúmeros sinais dados por ele – mudanças climáticas, extinção de espécies, desastres naturais… Nesse sentido, é possível perceber que uma mudança de atitude drástica é a única solução, já que os limites planetários estão sendo conduzidos a níveis insustentáveis.

Economia circular: o que é?

Para explicarmos o que é a economia circular, vamos primeiro compreender o que é a economia linear. A economia linear consiste em uma maneira de organizar a sociedade. Ela se baseia na captação sempre crescente de recursos naturais que são transformados em produtos e após sua utilização, são descartados como resíduos no próprio meio ambiente – de uma maneira ou de outra. Nesse tipo de economia, o maior valor dos produtos ocorre a partir da maior quantidade de extração e produção.

Dessa maneira, em uma economia linear é traçada a seguinte trajetória de consumo:

1. captação/ extração de recurso
2. transformação do recurso para fabricação de produto
3. consumo do produto
4. descarte do produto

Esse consumo resulta em uma imensa demanda produtiva, que logo se torna insustentável, uma vez que captamos novas matérias primas visando produzir novos produtos, que em sua grande maioria acabam descartados após o uso, sendo lançados em opções criadas pelo homem para suprir essa necessidade de descarte: lixões, aterros sanitários, oceanos, etc.

Onde vamos chegar assim?

Talvez você se pergunte como a humanidade e o planeta estarão em alguns anos e as respostas para essa e outras perguntas relativas a consumo, meio ambiente e afins não é animadora.

Provavelmente o nosso sistema entrará em colapso. Teremos que lidar com a  à escassez de matérias primas diversas e, além disso, com o resultados dos inúmeros impactos naturais causados por esse tipo de economia. É preciso lembrar que os mecanismos de reciclagem da atualidade não são capazes de suprir o imenso desperdício de todo o tipo de produtos praticado hoje.

A economia linear erra:

1. Na produção de produtos (em sua forma de fazê-lo)
2. Na forma como idealiza o design dos produtos

Alguns dados referentes ao desperdício e impactos ambientais (resíduos):

• Aproximadamente ⅓ dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado por ano;
• Em média, 97% dos resíduos globais relativos alimentos são jogados em aterros sanitários;
• Os carros, que emitem gases poluentes e representam grandes custos de matéria e produção realizam o transporte de em média 1,5 pessoas/viagem;
• metade dos resíduos deixados em aterros no Brasil são provenientes da construção civil;
• cerca de 80% dos produtos consumidos acabam descartados nos primeiros seis meses da compra;
• 40 bilhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos por ano;
• Quase 15 milhões de toneladas de alimentos acabam desperdiçadas no Brasil por ano;

ECONOMIA CIRCULAR

Quando o assunto é economia circular, o lixo é considerado um erro de design. Isso porque o planejamento e opção acertada de matérias primas do produto podem definir qual será o destino desses materiais após sua utilização. Consumimos em grande demanda produtos que são mal feitos, sem um projeto consciente e, principalmente, sem uma reutilização adequada.

Quando falamos em reaproveitamento adequado, falamos naquele reaproveitamento que permite que produto regresse a cadeia com um valor agregado similar, ou ainda superior ao produto original quando aquele fora descartado.

Mesmo que a sustentabilidade venha sendo uma temática muito abordada atualmente, este é ainda um assunto difícil para os consumidores. Na maioria das vezes é complicado fazer escolhas éticas apesar de entendermos a necessidade de tais escolhas. Além de muitos preços abusivos que são praticados, ficamos muitas vezes de mãos atadas em relação às ofertas de marcas que não são de fato transparentes em relação à materiais de construção e fabricação de seus produtos. Para consumir de maneira sustentável, é preciso que nos eduquemos e aprendamos a pesquisar para fazermos escolhas mais conscientes.

Atitudes que podem ajudar o meio ambiente e promover práticas de consumo voltados para a Economia Circular:

• Reciclar bens adquiridos
• Optar pela compra de produtos com maior durabilidade
• Evitar o desperdício de alimentos
• Pesquisar marcas que se preocupem com o auxílio ao planeta e com a ideia de reutilização
• Começar a fazer em casa e pensar o micro para ajudar o macro

Dessa forma, a economia circular ganha cada vez mais projeção a nível global. Ela aparece como uma alternativa de substituição à economia linear, praticada em larga escala em nossa sociedade.

Os conceitos de economia circular visam restauração e regeneração. Ela aposta no aumento do ciclo de vida dos produtos, eliminado assim o desperdício e a eliminação de resíduos no ambiente.
Por isso a sua proposta é tão importante para a sobrevivência e manutenção saudável do planeta e de seus habitantes.

O que você acha da proposta de Economia circular?

Você conhece empresas engajadas nessa causa? Que tal começar a pesquisar um pouco mais sobre esse tema e ajudar o planeta, começando de casa?

COOPBANK e você!