Desenvolvimento profissional e controle emocional no trabalho tem tudo a ver, você sabia? Foi por isso que para essa semana a COOPBANK preparou esse conteúdo tão importante pra você!
Já falamos sobre a importância de investimento no clima organizacional no interior de uma empresa. Tratar erros e problemas de maneira madura é um caminho de grande importância para que a empresa siga seu caminho da melhor forma possível.
Porém, mesmo com todo o investimento nessa lógica não será possível evitar que o ambiente corporativo seja estressante, pois essa característica faz parte de sua dinâmica.
Esse meio requer grande responsabilidade, muita cobrança por resultados, batimento de metas, cumprimento de prazos, orçamentos, elevação da qualidade do serviço enquanto os custos devem ser reduzidos, aumento da produtividade e busca incessante por aprovação dos clientes em relação às ações tomadas.
Além disso, ainda se somam a essas influências aquelas externas, que nos afetam igualmente, tais como o movimento do mercado, crescimento e aparecimento de concorrentes, de produtos e afins.
Se soma a essa equação ainda aqueles problemas pessoais, que trazemos de casa, com a família, com amigos ou mesmo individuais.
Todos esses problemas podem se somar e a partir de então e gerar uma bomba relógio. E, a partir de então, situações de estresse e conflitos começam a despontar no interior da empresa. Os conflitos interpessoais são marcantes: podem ocorrer discussões entre colegas de trabalho e líderes. Afinal, quem nunca foi guiado pelas emoções e acabou externando as mesmas de forma negativa no trabalho?
Na verdade, trabalhar com alguém desequilibrado emocionalmente é algo muito nocivo. Quem se encontra em instabilidade emocional não consegue discernir entre o problema que tem (que pode ser de qualquer natureza) e essas pessoas, por esse motivo, trazem o problema de casa para o trabalho, e levam o trabalho para casa, por exemplo. Essa impossibilidade de lidar com os problemas de maneira saudável deixa o ambiente instável e acaba elevando ainda mais o caos interno.
É fato que essas pessoas (sem saúde mental) terão cada vez mais seu espaço no mercado de trabalho reduzido, uma vez que é esperado do profissional do futuro capacidade de agregar valor, habilidade de negociação e, além disso, que possua inteligência emocional para lidar com as adversidades do cotidiano.
No que diz respeito à Inteligência Emocional, é preciso que saibamos utilizar a inteligência intrapessoal, o autoconhecimento e que possamos dominar nossas emoções, principalmente para que frente ao estresse, às metas e aos conflitos que eventualmente apareçam no ambiente de trabalho, possamos nos manter focados e calmos na resolução dos problemas e não irracionais frente as nossas emoções. Para agirmos assim é preciso, antes de tudo, que tenhamos controle emocional.
Afinal, o que é Controle Emocional?
Controle emocional se dá quando conseguimos desenvolver a capacidade de discernir quais são os sentimentos e emoções as quais estamos submetidos. Quando possuímos esse controle, conhecemos a origem de nossos sentimentos e a partir deste estado de consciência, conseguimos ser racionais em nossas ações, podemos calculá-las, podemos ser razoáveis em nossas escolhas e em nossas reações, sem que fiquemos à mercê de pensamentos negativos e impulsividades.
Para termos controle sobre nossas emoções precisamos praticar e muito, pois essa não é uma tarefa fácil. É válido conhecer e praticar exercícios e técnicas positivas a nossa saúde emocional, já que elas são capazes de nos beneficiar em uma série de sentidos, que perpassam mesmo as nossas vivências profissionais.
Como trabalhar o nosso controle emocional?
O controle emocional é uma habilidade, por esse motivo, como muitas outras habilidades que possuímos, precisamos aperfeiçoá-lo. Esse controle não é pertencente somente a determinados perfis de pessoas, ele pode e deve ser desenvolvido através da prática.
Acompanhe abaixo alguns exercícios que podem nos auxiliar na potencialização do controle emocional:
- Compreendendo suas emoções
Quando você entende uma emoção, automaticamente essa emoção torna-se sentimento. Sentimentos negativos, só tem a capacidade de gerarem coisas negativas. Dessa forma, a ação de compreender o tipo de emoção sentida em determinados momentos é crucial, uma vez que nos permite tornarmos todo o conjunto racionalizável para então agirmos, sem impulsividade no uso das nossas emoções. Devemos sempre nos lembrar que não somos escravos ou dominados pelos nossos sentimentos e emoções, mas sim responsáveis por elas/ donos delas.
- Respire e coloque a cabeça no lugar
Não importa o que houve, quando está tomado por sentimentos, primeiramente, conte até 10. Esse tempo provavelmente será necessário para que você responda de forma satisfatória aos problemas e questões que te rodeiam. Pessoas sem inteligência emocional e sem controle dela, respondem sem pensar quando são confrontadas. Quando nos encontramos em situações estressantes, e ficamos emocionalmente instáveis, independente do motivo, oferecemos respostas emocionais incontroláveis. Segundo o psicólogo Daniel Goleman, pode haver nessas situações o “sequestro da amígdala” que é justamente essa reação emocional sem controle. Goleman, que é especialista em inteligência emocional, afirma que nos tornamos irracionais quando da falta momentânea e imediata de controle emocional. A partir de então, a amígdala passa a deter o controle do cérebro. Quando isso ocorre, a pessoa passa a estar totalmente guiada pela área do cérebro que controla as emoções.
Por isso, quando nos encontramos em situações de alto estresse emocional, devemos contar até 10, organizar nossos pensamentos e então, dar tempo suficiente para que a parte racional de seu cérebro possa retomar o controle do comando de suas ações. É nesse caminho que você vencerá o descontrole.
- Invista em racionalidade
Uma parte emoção, uma parte razão: nosso cérebro possui duas funcionalidades. Nossas decisões devem ser sempre feitos com base na racionalidade, ou seja, com base na análise daquilo que ganharemos e daquilo que perderemos com as nossas escolhas. Quando tomamos decisões com ênfase em nossas emoções e desejos estamos suscetíveis a escolhas indevidas que possivelmente acarretarão em sofrimento. É preciso que entendamos que nossas escolhas e ações acarretam também em renúncias e, por esse motivo, devemos lidar com a ideia de que não podemos ter ou mesmo agradar a todos. Por isso, seja no ambiente de trabalho ou em momentos estratégicos de sua vida pessoal ou familiar, seja racional!
- Pratique empatia
Sejamos empáticos, mas, sobretudo, devemos levar em consideração a realidade do outro e sua capacidade de compreender o mundo. A empatia começa a partir de então, de nos colocarmos no lugar do outro partindo da compreensão do outro, daquilo que ele vê e sente. Quando buscamos compreender como o outro percebe as situações podemos discernir sobre como aquele indivíduo pensa e encontramos respostas sobre como age..
- Nem tudo precisa ser decidido para ontem
Não precisamos necessariamente decidir e reagir a tudo o que nos cerca e confronta de imediato. Isso não é propício e nem indicado a ninguém. Devemos escolher momentos propícios para nossas tomadas de decisão sempre que possível. Quando decidimos e reagimos influenciados pelas nossas emoções, sem nenhum tipo de reflexão, provavelmente teremos uma grande chance de optarmos por algo eu será negativo para nós, ou reagiremos impulsivamente, o que não é legal!
Uma última dica é:
6 Conheça os seus limites
Precisamos entender que tudo tem limite, inclusive o nosso controle emocional. Por isso, é preciso que façamos um trabalho interno para compreendermos os limites de nosso controle, aquelas situações que nos esgotam, aquelas pessoas que minam nossas energias. Quando percebemos que estamos no limite é preciso parar. Parar tudo! É importante cancelar reuniões, se omitir da tomada de decisões, evitar conflitos e mesmo a resolução deles. Devemos parar a cabeça, descansar e colocar as ideias no lugar.
Tomar as rédeas de nossas emoções é sempre a melhor escolha em todos os aspectos da nossa vida, inclusive no ambiente de trabalho. Por isso, trabalhe nisso!