A imunização é uma resposta preventiva criada pela ciência a diversas doenças que, ao longo da história da humanidade, se desenvolveram e desenvolvem causando exorbitante número de vítimas. Graças à vacinação, atualmente, muitas doenças encontram-se quase erradicadas ao redor do mundo e essa é uma realidade também no Brasil, através das campanhas de erradicação promovidas no país.
Infelizmente, em um desserviço à humanidade, vem crescendo o número de pessoas adeptas a movimentos contrários às vacinas, comportamento este que vem sendo decisivo para que doenças quase erradicadas voltem novamente a fazer vítimas. Esses movimentos, felizmente, não estão passando desapercebidos e vem endo debatidos, justamente para que sejam combatidos e não ganhem força.
Se você tem vontade de saber um pouco mais sobre a maneira como as vacinas combatem doenças e agem em nosso organismo e por que tantas polêmicas em torno delas, fica aqui com a gente.
Saber mais sobre as vacinas e sobre a importância das mesmas para a preservação da saúde pública é muito importante para toda a sociedade! Só através do conhecimento podemos vencer a desinformação e a volta de doenças a nossa convivência.
Vacinas: o que são e como funcionam?
Vamos sim falar um pouco sobre as vacinas e seu funcionamento em nosso organismo. Mas, antes disso, precisamos dominar um pouco o funcionamento do nosso sistema imune. Então, continua aqui com a gente!
O nosso corpo consegue se defender de doenças utilizando das células de defesa que são capazes de detectar o agente causador da enfermidade e, após isso, criar uma barreira que impede a entrada do microrganismo.
Mas, para que esse processo possa ocorrer de maneira correta e o mecanismo de defesa possa defender o organismo do invasor é necessário que ele conheça previamente o inimigo. É a partir desse princípio que as vacinas são desenvolvidas.
As vacinas funcionam basicamente da seguinte maneira: um microrganismo ‘X’ – vírus ou bactéria – responsável por causar uma enfermidade, é inoculado no ser humano. No entanto, na forma em que se encontram – enfraquecidos ou mortos -, são incapazes de causar a doença.
Por se encontrarem nessas condições, esses pequenos seres, ao adentrarem o nosso organismo, encontram dificuldade de se instalarem e acabam reconhecidos e eliminados pelo nosso sistema imune.
A partir desse primeiro contato o nosso corpo cria a chamada memória imunológica. Essa memória garantirá que, na próxima vez que o nosso organismo entrar em contato com esse tipo de vírus ou bactéria, ele já estará preparado parar combater esses patógenos de forma muito mais eficiente.
As vacinas, além de criarem uma proteção individual, criam consequentemente uma proteção comunitária. Quando há um grande número de pessoas imunizadas para determinada doença em um país, por exemplo, o fenômeno é chamado imunização de rebanho. É quando atinge esse grau de vacinação que está garantido o sucesso das campanhas de imunização.
Logo, é possível afirmar que que as vacinas são cruciais para a proteção da sociedade de uma maneira geral, já que quanto maior o número de vacinados, menor será o número de contaminados e, por conseguinte, menor será a circulação do patógeno entre a sociedade.
A varíola, por exemplo, foi uma enfermidade controlada e erradicada somente após a utilização da imunização. A doença infecciosa causada por um vírus era de contágio facilitado e muito agressivo, muitas das vezes mortal.
No caso da varíola o sucesso veio através da ciência e da vacinação que garantiu o último caso registrado da doença em 1977. Hoje essa doença é considerada extinta!
Por que preciso tomar certas vacinas mais de uma vez em minha vida?
Existem algumas vacinas – como aquelas chamadas trivalentes e quadrivalentes, que são responsáveis por prevenir algumas variações de gripe, por exemplo – que precisam ser tomadas anualmente ou a cada dois anos. Essa necessidade pode ser um pouco confusa para algumas pessoas, já que, a vacina parte do princípio de que a inoculação da substância em nosso corpo torne o nosso sistema imune capaz de reconhecer o causador da doença previamente e combate-lo. Então, por qual motivo é preciso renovar algumas vacinas?
A explicação parece difícil, mas não é. É necessário que a sociedade se vacine em virtude da capacidade de mutação que os vírus possuem.
Esse fenômeno de mutação faz com que nosso organismo seja incapaz de reconhecer aquele patógeno, e a partir de então, é necessário que a vacina passe por uma renovação e então passe a ser eficaz contra a aquele vírus mutado. Isso motivas as recorrentes campanhas de vacinação para determinadas doenças.
Vacinação no Brasil
Há aproximadamente dois séculos o mecanismo das vacinas foi descoberto e elas passaram a ser utilizadas. Em muito o avanço dessa tecnologia se deve ao surgimento d bacteriologia e microbiologia, responsáveis por descobrirem e determinarem os patógenos responsáveis por cada enfermidade.
O aprimoramento das mesmas se deu com o tempo, assim como as tecnologias que permitem que elas sejam criadas cada vez mais rápido em casos de novas doenças. Isso é o que vemos no caso da Covid-19, que após aproximadamente um ano de seu aparecimento e disseminação pelo mundo, passará a ser combatida com a utilização de vacinas contra a mesma pelas populações mundiais.
Nessa conjuntura, a estratégia utilizada para que ocorra essa vacinação em massa, que garante a proteção da sociedade é a adoção pelo Ministério da Saúde do método das campanhas e rotina de vacinação.
A rotina de vacinação depende do calendário de vacinação. Esses calendários são compostos pela lista de vacinas a serem tomadas ao longo da vida de uma pessoa. A partir desse mesmo calendário é possível que os pais tenham controle sobre sua própria imunização e de seus filhos.
Já as campanhas de vacinação, partem principalmente da necessidade de imunizar grupos de risco, por exemplo.
A definição desses grupos é realizada pelo Ministério da Saúde. Os critérios partem da probabilidade de contração de uma determinada enfermidade por indivíduos com determinadas características. Assim, se vacinados os grupos considerados de risco, além da proteção, será reduzida a capacidade de transmissão do vírus para outras pessoas e, além disso, declinará o número de internações e mortes em virtude da doença.
Vacinas e efeitos colaterais
febre, dor de cabeça, inchaço ou vermelhidão no local da aplicação são possíveis efeitos colaterais que as vacinas podem produzir. Seus efeitos colaterais são, portanto, irrisórios se comparados às complicações que grande parte das doenças podem causar. Sendo assim, a vacinação é indicada pela esmagadora maioria dos profissionais de saúde.
Mesmo assim, ultimamente, vem ganhando corpo e se alastrando grupos que se posicionam contrários as campanhas de vacinação e utilização das mesmas.
Vamos falar um pouco disso?
Esse movimento nasceu alguém tempo após a publicação de um estudo em uma revista científica que afirmava a existência de relação entre a vacina tríplex – aplicada contra a rubéola, caxumba e sarampo – ao transtorno responsável por interferir no sistema nervoso, o autismo.
Pouco tempo depois, outros estudos foram lançados também em revistas científicas e desmentiam a teoria, afirmando não haver relação entre o autismo e a vacina acima citada.
O pouco conhecimento da população sobre as vacinas fez com que essa teoria voltasse a circular. Em tempos de tantas informações e formas de acessá-las, o movimento ganhou força, o que fez com que ele se espalhasse pela sociedade. Nesse sentido, infelizmente, percebe-se um crescimento no Brasil e no mundo de movimentos antivacina.
O movimento antivacina
Esse movimento é visto pela ciência e medicina, além de outros segmentos da sociedade como um verdadeiro desastre. O caos se encontra justamente no seguinte: se as pessoas acreditarem nas concepções desse movimento, as pessoas irão parar de vacinar seus filhos e, além disso, de se vacinarem. Essa conduta será decisiva para que doenças controladas, ou mesmo aquelas consideradas erradicadas, voltem a compor o quadro de doenças epidêmicas.
O sarampo é um caso que bem elucida essa questão. Se em desde 2016 era considerada erradicada no Brasil, voltou a registrar casos em 2019, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A poliomelite, rubéola e a difteria também preocupam as autoridades de saúde, uma vez que sem a vacinação em massa, podem voltar a serem realidades da sociedade, mesmo que hoje se encontrem erradicadas no Brasil.
Nos últimos anos, o número de adeptos às campanhas de imunização vem diminuindo anualmente no Brasil como afirma a OMS. O Ministério da Saúde vem trabalhando para reverter esse número. Parte dessa preocupação promover campanhas de conscientização para que as pessoas busquem a vacinação.
Esse movimento é largamente atacado pela maioria os profissionais de saúde que entendem a importância das vacinas paras o controle de doenças que afligiram e ainda afligem as populações.
Agora que você conhece um pouco mais sobre as vacinas e a maneira como elas agem no nosso organismo, já pode perceber a importância da vacinação. Por isso, em tempos de COVID-19 e de início da vacinação, faça também o seu papel: espalhe notícias verdadeiras sobre a vacina, compareça ao posto quando chegar a sua vez dentre os grupos a serem vacinados, vacine seus filhos. Por fim, ajude o poder público e a saúde pública e promova a importância da vacina, mas não se esqueça de continuar lavando bem as mãos, mantendo o distanciamento social, se higienizando com álcool gel, etc, até segunda ordem.
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