A síndrome de Burnout no setor bancário

A síndrome de Burnout sempre foi uma tônica entre os bancários e os problemas com a síndrome no setor se intensificaram principalmente após a irrupção da pandemia do coronavírus.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) síndrome é definida como estresse crônico profissional, e o seus sintomas podem ser sentidos tanto fisicamente quanto psicologicamente, o que incide de forma direta na vida e saúde dos colaboradores.

O estresse, no setor bancário, pode ser reputado às trocas de funções constantes, à pressão pelo alcance das metas, à queda da produtividade e fechamento de contratos, pelo menos na pandemia e ao desgaste comum do cotidiano bancário.

A observação desses problemas faz com que um movimento de manifestação sobre o tema surja dentre os sindicatos da classe, com foco no incentivo a que as pessoas cuidem de sua saúde física e psicológica.

Síndrome de Burnout: o que é?

“Burnout”, quando traduzido do inglês para o português, pode ser compreendido como “queimar” – burn e “externo/fora” – out. Dessa maneira, o termo pode ser interpretado como falta de energia/ sem energia.

A Síndrome de Burnout que também pode ser chamada Síndrome do Esgotamento Profissional, se encaixa justamente quando o trabalhador se sente desgastado em um ambiente de trabalho que demanda muita produtividade, competitividade e ou responsabilidade. O excesso de trabalho é, portanto, a causa efetiva do surgimento da síndrome.

Essa síndrome consta a partir de então no rol de Classificação Internacional de Doenças (CID) e em 2022 essa versão da classificação passa a vigorar.

De acordo com a OMS, é uma síndrome que se adquire de um estresse crônico no ambiente laboral quando não administrado de forma positiva. Acompanha-se a partir de então:

  • sensação de esgotamento;
  • cinismo;
  • sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e produtividade;.

É importante frisar que essa falta de energia se direciona de forma específica em relação ao ambiente de trabalho e não se aplica a outras áreas da vida.

Síndrome de Burnout e seus sintomas

Como já dissemos, essa síndrome se manifesta em sintomas tanto físicos como psicológicos:

  • estresse;
  • esgotamento físico;
  • Sensação de exaustão emocional;
  • Dores musculares e de cabeça;
  • Problemas de concentração;
  • Sintomas gastrointestinais
  • Sensação de incompetência, derrota, fracasso, desânimo frente às situações de trabalho.

O setor bancário e a síndrome de Burnout

Dentre os bancários, o número de profissionais que passaram a apresentar essa síndrome e acabaram afastados gera preocupação. O adoecimento no setor bancário pode ser devido:

  • Pressão em razão das metas;
  • Troca ou perda de função;
  • Redução no número de colaboradores, o que gera sobrecarga nos demais;
  • Ansiedade por risco de demissão;

A pandemia possivelmente foi também em parte responsável pela piora da situação em muitos casos. O trabalho remoto com assistência reduzida, o número de agências fechadas e a soma disso a um contexto de pandemia e medo afetou o quesito profissional de colaboradores que precisavam lidar com questões domésticas e do trabalho em conjunto.

 Como vencer a Síndrome de Burnout?

 O primeiro passo é buscar auxílio médico e tratamento logo após o aparecimento de algum sintoma ou sinal de atenção. O tratamento no estágio inicial pode ser crucial para uma melhora mais rápida ou para o não agravamento da síndrome.

A síndrome pode ser vencida? Como?

Assim como explicamos, a síndrome se dá quando o colaborador está inserido em um ambiente de trabalho competitivo, caótico, quando há sobrecarga do trabalho, excesso de metas, exigência de produtividade exacerbada, etc.

Em primeiro lugar, para se prevenir o adoecimento é necessária à adoção de uma postura humanizada por parte da gestão e liderança. É preciso lembrar que nos cargos de chefia também ocorre o adoecimento pela pressão e pela responsabilidade excessiva no trabalho. Dessa forma, quando há uma postura de humanizada na cultura organizacional da empresa, metas e produtividade alcançáveis se tornam o padrão e tornam os colaboradores menos sobrecarregados e suscetíveis ao desenvolvimento de doenças psicológicas e físicas em função do trabalho.

É possível que a empresa também aposta em benefícios médicos, psicológicos e mesmo voltados para cultura e lazer, o que permitirá ao colaborador se sentir valorizado e menos esgotado para os afazeres do cotidiano de trabalho.

Funcionário diagnosticado com Burnout e agora?

Quando há o diagnóstico de Síndrome de Burnout, o funcionário tem o direito de ser afastado do trabalho mediante determinação médica. Durante quinze dias é de responsabilidade do empregador arcar com o salário do seu funcionário, após isso, cabe ao INSS realizar os pagamentos do Auxílio Doença.

O órgão fica responsável por arcar com o valor da renda mensal ao trabalhador enquanto perdurar o estado da doença e este estiver afastado.

Se você se interessou por este texto e sofre de algum destes sintomas, pode contar com a nossa equipe para te ajudar. Temos como te auxiliar com um profissional especializado em consultoria psicológica.

 

 

 

 

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