BACEN e a busca pelo fim do Rotativo do Cartão de Crédito no Brasil em 2023

BACEN e a busca pelo fim do Rotativo do Cartão de Crédito no Brasil em 2023

O uso irresponsável do cartão de crédito tem sido uma das principais fontes de endividamento e inadimplência no Brasil ao longo dos anos. Uma das formas mais perigosas de utilizar o cartão é recorrer ao chamado “rotativo do cartão de crédito”, onde os juros astronômicos podem rapidamente levar os consumidores a uma armadilha financeira. Consciente desse problema persistente, o Banco Central tem intensificado seus esforços para combater essa prática prejudicial e promover uma utilização mais responsável do crédito em 2023.

O rotativo do cartão de crédito permite que os titulares de cartões paguem apenas uma parte do valor total da fatura a cada mês, adiando o pagamento do saldo restante. No entanto, os juros cobrados pelo uso desse crédito rotativo são notoriamente altos, muitas vezes excedendo 300% ao ano. Isso significa que, se não for pago integralmente a cada mês, o saldo devedor pode crescer de forma exponencial, tornando quase impossível para muitos brasileiros escapar desse ciclo de dívida.

Para lidar com essa situação, o Banco Central implementou uma série de medidas ao longo dos anos, com novos esforços em 2023. Uma das mudanças mais significativas ocorreu em 2017, quando foi estabelecido um limite de 30 dias para o uso do rotativo. Isso significa que os consumidores só podem utilizar o rotativo por um mês, após o qual os bancos emissores devem oferecer alternativas de pagamento com taxas de juros mais baixas e prazos estendidos.

Em 2020, outra medida importante foi implementada: a proibição do uso indefinido do rotativo do cartão de crédito. Isso impede que os consumidores fiquem presos no ciclo de pagamento mínimo e acumulação de juros indefinidamente. Os bancos agora são obrigados a oferecer soluções de pagamento mais acessíveis e sustentáveis para seus clientes.

Além disso, o Banco Central tem trabalhado para controlar as taxas de juros cobradas no cartão de crédito, limitando os custos financeiros para os consumidores. Essa regulação tem incentivado os bancos a buscar alternativas mais eficientes para gerenciar o risco de inadimplência, criando um ambiente mais competitivo e inovador no setor de cartões de crédito.

Os esforços do Banco Central em 2023 se concentram em fortalecer ainda mais essas medidas e garantir sua implementação eficaz por parte dos bancos. É uma resposta direta ao compromisso do órgão regulador em proteger os consumidores de práticas abusivas no mercado de cartões de crédito e promover um uso responsável do crédito.

Embora as ações do Banco Central sejam essenciais para mitigar os riscos associados ao rotativo do cartão de crédito, a responsabilidade financeira individual ainda desempenha um papel fundamental. Os consumidores devem estar cientes dos custos associados ao uso do cartão de crédito e fazer escolhas financeiras conscientes. Planejar despesas, criar um orçamento pessoal e utilizar o cartão de crédito com sabedoria são práticas que podem ajudar a evitar problemas financeiros.

Em resumo, o Banco Central do Brasil continua a intensificar seus esforços para combater o uso irresponsável do rotativo do cartão de crédito em 2023. Essas ações visam proteger os consumidores de práticas prejudiciais e tornar o crédito mais acessível e justo. No entanto, a educação financeira e a responsabilidade individual também são cruciais para evitar dívidas insustentáveis e construir uma base sólida para a saúde financeira pessoal e nacional.

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