O mundo enfrenta uma das piores crises a nível de saúde global com o aparecimento e recrudescimento dos contágios pelo novo coronavírus Sars-Cov 2.
Há, desse modo, uma grande preocupação dos governos de grande parte dos países na prevenção contra a perda da maior quantidade de vidas que puderem.
Porém, junto a epidemia e a todos os problemas que o mundo enfrenta em virtude dela – quarentenas moderadas até Lockdown, que significa o fechamento completo dos serviços nos lugares, com manutenção apenas dos serviços essenciais – surge uma preocupação: o que será da economia daqui para frente?
E no contexto pós pandemia?
Vamos refletir um pouco sobre isso no artigo de hoje, então se o assunto te interessa, fica aqui com a gente e rola pra baixo…
Há uma evidente tentativa dos países para impedirem que o sistema financeiro entre em colapso, já que no contexto de epidemia e isolamento, o desemprego atinge exorbitante número e a necessidade de ajuda dos países àquelas pessoas mais necessitadas é um ponto que demanda extrema urgência.
Todos os esforços realizados, mesmo para a manutenção do funcionamento das Bolsas de Valores, não são necessários para modificarem o indicativo de que haverá uma demora para que o sistema financeiro se restabeleça e volte a sua normalidade.
Vale ressaltar ainda que, o fato de o mundo estar lidando com uma doença com efeitos desconhecidos até então, não permite que haja um espaço para respostas imediatas da ciência em termos de descobertas de medicamentos ou vacinas, por exemplo.
Nesse sentido, o tempo de afastamento necessário à proteção das vidas apresenta um contexto inevitável de sofrimento da economia.
Portanto, a previsão é a de que os efeitos da epidemia sejam ainda prolongados e afetem por algum tempo não somente a produção, mas por conseguinte o consumo e demais aspectos que fazem a economia girar.
Para entender melhor todo o contexto que provavelmente se apresentará no pós pandemia, vamos refletir sobre alguns aspectos do mundo econômico.
Entendendo macroeconomia e microeconomia…
Macroeconomia e Microeconomia são ambas áreas de estudos inseridas na área de finanças. A partir dos estudos realizados por essas áreas é possível compreender os mecanismos que responsáveis pela circulação do capital.
Nesse sentido, é possível compreender cada elemento que compõe o mercado financeiro e que tipo de atuação cada um deles exerce.
Enquanto a macroeconomia responde por cenários mais abrangentes, que vão desde regiões até países e suas variantes permitem que se compreenda o funcionamento do mercado, a microeconomia fica responsável pela atenção a análises pontuais que conformam o cenário econômico.
A partir da ótica macroeconômica vemos a construção de análises de regiões que visam melhorar os preços, apontar questões relativas à concentração de renda, à oferta de empregos.
No caso da microeconômica, lida-se com empresas, consumidores, trabalhadores e as dinâmicas de produção.
A soma das análises de ambas as áreas permite que sejam feitos apontamentos sobre o cenário econômico.
Pandemia e mercado financeiro
Como já dito, o isolamento social e as medidas adotadas para a redução da disseminação do vírus entre as populações são determinantes nos efeitos percebidos tanto na economia local quanto global.
Primeiramente a relação de consumo é totalmente alterada. O que se percebe é uma alta demanda por produtos de primeira necessidade, ou seja, alimentos e medicamentos. Esses itens básicos têm sua produção, preços e estoques modificados.
Com a modificação na demanda de produtos ocorre também uma modificação na produtividade dos demais setores que compõe o cenário econômico em sua normalidade.
Os itens secundários passam a ser menos necessários, principalmente em virtude da reclusão das pessoas.
A tendência é a de que a economia para esses setores continue por algum tempo em estagnação ou retração mesmo após o fim da pandemia.
Consequentemente a economia também permanecerá afetada.
Comércio e relações externas
Por se tratar de uma pandemia, sabemos que todo o mundo foi afetado economicamente, em maior ou menor escala.
Dessa forma, o comércio mundial e suas relações que ocorrem em cadeias, conectando países de todo o globo, também foram afetados pelo Covid-19. Nesse mundo conectado economicamente, quando ocorre alguma alteração em alguma região ou país, imediatamente ocorre uma alteração no fluxo de produtos exportados e importados por ele, o que, consequentemente afeta a outros países. Podemos exemplificar essa relação com o caso chinês.
Aparentemente o vírus começou a circular inicialmente no país, que grande exportador de suprimentos, teve seus negócios internos e externos afetados, afetando países que mantinham relações imbrincadas com a China.
Com a disseminação da doença pelo mundo, outros países adotaram seus protocolos que também interferiram no comércio externo, fazendo com que os impactos fossem sentidos em cadeia. É possível retomar essas relações, mas isso também demanda tempo, o que promete afetar a economia por mais um período após a pandemia.
Ações e valores
As ações de uma empresa e seus valores tem sua oscilação relacionada diretamente aos ganhos da mesma, as suas perdas, mas também ao que se espera e vislumbra do mercado financeiro. Logo, todos os acontecimentos e especulações influenciam diretamente no cenário de valores.
No caso da pandemia que enfrentamos e em virtude do isolamento social, é necessário que as pessoas se mantenham em casa. É possível imaginar as inúmeras perdas para empresas de turismo e companhias de viagem,
por exemplo, certo? Essas perdas são decisivas para que as ações daquela empresa percam o seu valor, pois o seu valor está diretamente ligado à sua produtividade e, por conseguinte, ao seu lucro.
No caso do exemplo, as empresas de turismo podem ter grandes dificuldades para superarem a crise, uma vez que as pessoas provavelmente terão menor poder de compra ou possivelmente irão optar por aquisições primordiais no período imediato posterior à epidemia.
A mudança no foco de consumo altera essas dinâmicas, o que se reflete em outras companhias de variados ramos. Nesse contexto o tempo de recuperação pode ser bastante abalado.
Sobre o consumo
Os hábitos de consumo retornarão gradativamente, porém é preciso que nos atentemos ao reduzido orçamento familiar que será impactado durante esse tempo de enfrentamento à doença.
Esse fato irá requerer do mercado uma adaptação às menores compras praticadas pelos consumidores.
A tendência é a recuperação e com o aumento do poder de compra, possibilitado pela retomada da economia, haverá um redirecionamento dos gastos em que consumidores poderão voltar a investir em itens secundários, o que modificará a escala de produção, preços e demandas.
Ao consumidor é preciso, porém se atentar ao cenário econômico atual e reconhecer suas possibilidades frente aos problemas econômicos impostos.
A prevenção econômica e o controle de gastos são as melhores opções para que a balança tenda a seu favor até o final dessa pandemia.
De fato, a pandemia provavelmente irá reestruturar diversos setores, modificar relações de trabalho, acelerar processos de mudança eu estavam em curso e estagnar outros.
Ainda é muito cedo para que se defina quais serão as mudanças, o certo é que quanto mais durar a pandemia mais mudanças irá implicar.
A fragilidade do homem do século XXI foi exposta e foi desnudada justamente pela maneira como escolhemos viver: aglomerados, superpopulosos, dependentes do meio ambiente e desrespeitando a ele.
Não sabemos o que, mas novas perspectivas vão chegar, porque precisamos disso para continuar existindo.
Lembre-se que o mundo já enfrentou outras graves crises e se restabeleceu. Peste, Crash de 29, duas grandes guerras, Gripe Espanhola…
Por isso, atente-se a isso, esse período vai passar! Se proteja e se puder, fique em casa!