Os cães-guia e seu importante papel na garantia de inclusão e equidade
O Dia Internacional do Cão-Guia é celebrado anualmente, na última quarta-feira do mês de abril, uma ocasião relevante para destacar o papel fundamental desses animais na vida autônoma das pessoas cegas e com deficiência visual. Esta data, dedicada aos cães-guia e seus treinadores, busca sensibilizar sobre os direitos e a importância desses animais na promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual que dependem de sua assistência, e, como temos muitos deficientes visuais e cegos no ramo bancário, resolvemos divulgar esta valiosa informação para nossos companheiros e cooperados que necessitam tanto deste auxílio diário em suas vidas.
A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) lançou uma campanha de conscientização para abordar a resistência persistente em relação à presença de cães-guia em locais públicos e privados, especialmente em aplicativos de transporte. Apesar da legislação garantir esse direito (“A Lei Federal 11.126/2005, regulamentada pelo Decreto Federal 5.904/2006, garante o acesso e a permanência de pessoas acompanhadas por seus cães-guias, em espaços públicos, inclusive nos meios de transporte.”), muitas pessoas cegas ainda enfrentam dificuldades ao tentar ingressar nesses espaços acompanhadas de seus animais de serviço.
De acordo com dados da União Nacional de Usuários de Cães-Guia, existem pouco mais de 200 desses animais em atividade em todo o Brasil, com apenas 55 deles atuando em São Paulo. Esses números estão longe de atender às necessidades, considerando que o país conta com mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual.
Os cães-guia desempenham diversas funções essenciais, proporcionando segurança durante a locomoção, apoio emocional e facilitando a socialização. No entanto, sua formação demanda cerca de dois anos de treinamento especializado e cuidados específicos, sendo realizada por profissionais qualificados.
No Brasil, entidades sociais e institutos federais são responsáveis pelo treinamento e doação desses animais, uma vez que a comercialização de cães-guia é proibida. Durante a pandemia, estima-se que seis escolas estejam em atividade, mas o acesso a esses cães é dificultado pelos altos custos de treinamento, que variam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, de acordo com o Instituto Magnus, uma das instituições especializadas.
A escassez de cães-guia no país levou algumas pessoas, como Marina Guimarães, escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo e vice-presidente da União Nacional de Usuários de Cães-Guia, a buscar seus animais no exterior. Marina compartilhou sua experiência de adquirir seu cão-guia nos Estados Unidos, após anos de espera no Brasil, destacando o rigoroso processo de seleção e treinamento realizado pela entidade americana.
Apesar da legislação brasileira garantir o direito de acesso dos cães-guia a locais públicos e privados, incluindo meios de transporte, muitas pessoas com deficiência visual ainda enfrentam discriminação e obstáculos, especialmente ao utilizar aplicativos de transporte.
É fundamental que os serviços de transporte, incluindo aplicativos, táxis, ônibus e metrô, garantam o acesso das pessoas com deficiência visual acompanhadas de seus cães-guia, sem qualquer forma de discriminação.
É preciso conscientização por parte de toda a sociedade!
Coopbank e você, tudo a ver!
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