
1. Boletim Focus
– De acordo com o Boletim Focus, que realiza uma pesquisa semanal com especialistas, a mediana das previsões para a Selic ao final de 2026 foi ajustada para 12,25% ao ano.
– Essa nova estimativa indica uma diminuição em comparação com avaliações anteriores.
2. Cortes Previstas
– Informações do Focus mostram que o mercado está postergando o primeiro corte na Selic para março de 2026.
– A expectativa é que, após esse primeiro corte, a taxa diminua gradualmente, alcançando aproximadamente 12,25% até o final de 2026.
3. Inflação Prevista
– A previsão de inflação (IPCA) tem grande influência na política de juros. No Focus, a projeção para 2026 gira em torno de 4,29%, conforme reportado pela CNN Brasil.
Entretanto, diferentes relatórios apresentam uma média variável para o IPCA em 2026, o que gera dúvidas sobre a evolução da taxa de juros.
4. Crescimento do PIB
– A expectativa para o crescimento do PIB em 2026, de acordo com o Focus, é relativamente baixa, o que pode restringir a possibilidade de cortes mais acentuados nos juros, caso a inflação permaneça elevada.
– Se a economia estiver desacelerada, o Banco Central pode se sentir mais incentivado a baixar os juros, no entanto, se a inflação não colaborar, pode surgir um conflito entre “afrouxamento monetário” e “risco de inflação”.
Riscos e Desafios Principais
- Manutenção da Inflação: Caso a inflação não ceda de maneira constante, o Copom pode decidir manter a Selic elevada por mais tempo, a fim de assegurar a convergência com a meta.
- Choques Externos: Eventos internacionais, como aumento das taxas de juros nos EUA, crises globais ou desvalorização da moeda, podem levar a uma pressão de preços no Brasil, dificultando os cortes.
- Expectativas do Mercado versus Banco Central: O percurso que os analistas do Focus projetam não necessariamente alinha-se com a “trajetória de referência” utilizada pelo Banco Central em suas deliberações. O BC pode optar por cenários com taxas de juros mais elevadas do que as previstas pelo mercado para garantir a estabilidade inflacionária.
- Credibilidade: A confiança do mercado na capacidade do Banco Central de seguir suas metas de inflação é crucial. Se os agentes do mercado não acreditarem que o BC manterá a Selic alta até que a inflação diminua, as expectativas podem se desestabilizar, tornando mais difícil o controle dos preços.
Possíveis Cenários para 2026
Com base nas previsões atuais e riscos identificados, alguns cenários podem se apresentar:
Cenário Selic em 2026 Condições para sua ocorrência
Otimista para Cortes ~11–12% Inflação diminui, PIB fraco, BC inicia cortes de juros de maneira precoce e gradual.
Cauteloso / Moderado ~12,25% Projeção atual do Focus; cortes moderados, com inflação ainda acima da meta, demandando cautela.
Mais Restritivo >12,25% Inflação continua alta ou aumenta, choques externos acontecem, ou o BC prioriza a estabilização das expectativas inflacionárias.
Um ponto importante:
aqui estão algumas previsões para a Selic em 2026 elaboradas por grandes instituições (bancos / corretoras):
Comparativo e Implicações
- Há uma grande diferença de opiniões entre as instituições:
algumas acreditam que a Selic deve retornar a níveis entre 12 e 13%, enquanto outras prevêem reduções mais lentas e uma taxa ainda mais alta no curto prazo.
- Essa discrepância demonstra diferentes percepções sobre quando a inflação começará a desacelerar de maneira mais estável, além dos riscos relacionados à moeda e às finanças públicas.
- Para quem investe, essa previsão é bastante relevante: uma Selic elevada fez com que a renda fixa (títulos prefixados ou vinculados à Selic) se tornasse mais atrativa por um período maior, mas cortes antecipados podem modificar a trajetória dos juros no futuro.
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