Tech Trends Report : 6 inovações tecnológicas voltadas para o mercado financeiro para você não perder de vista

2023 promete ser um ano de avanços mais constantes em pagamentos e
banking. Os projetos de Open Banking tem trajetória de constante
evolução, há sucesso nos processo de pagamentos instantâneos e as
finanças descentralizadas amadurecem. Esses são alguns dos motivos
que corroboram essa evolução e direcionam as tendências para o
mercado financeiro.
Por que o tema das tendências para o mercado financeiro merece atenção?
Porque essas tendências permitem prever cenários futuros em um planeta que
passa por transformações constantes. Essa atenção auxilia incumbentes e
fintechs no preparo de soluções que caminhem junto às inovações futuras do
setor de banking e meios de pagamento.
Pensando em projeções futuras, a pesquisadora Amy Webb, que ocupa a
direção do The Future Today Institute (Escola de Negócios da Universidade de
Nova Iorque) apresenta anualmente o Tech Trends Report, um estudo de
grande importância que debate tendências que promete estruturar o futuro e
que possivelmente redefinirão a maneira como as corporações irão atuar do
estudo em diante.
A 16ª edição foi divulgada no evento SXSW e conta com estratégicas de
tecnologia. Falaremos no artigo de hoje especialmente sobre a seção de
insights específicos para serviços financeiros. Escolhemos alguns deles que
possuem impacto muito significativo na América Latina. Vamos lá:

Principais tendências para o mercado financeiro do ano de 2023
Escolhemos para apresentar a você as seis principais tendências para o
mercado financeiro destacadas pelo Tech Trends Report. Algumas delas já
vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos, justamente porque a
capacidade de digitalização vem aumentando e ganha capacidade de alcance
populacional cada vez maior, mas obedecerão uma trajetória de
amadurecimento mais elevada a partir do ano de 2023.

1. Invisible Banking

O Invisible Banking pode ser resumidamente explicado como a automatização
das transações financeiras realizadas pelo usuário, o que garante uma
experiência com maior fluidez.

Funciona com a utilização de serviços financeiros através de recursos e
ferramentas já utilizadas e inseridas em nosso cotidiano, de maneira que este
uso acaba passando despercebido.
Essa experiência fluida e simples tende a levar os consumidores a perceberem
o processo de compra mais simplificado possível. Dessa forma, marcas e
fornecedores que não adaptarem suas tecnologias de pagamento poderão
contribuir para que seus potenciais clientes realizem suas compras e negócios
com outros fornecedores.
O Invisible Banking se conecta com o fenômeno de  Embedded Finance , e tem
como base as inovações do Banking as a Service (BaaS). Ou seja, esse
modelo constitui ambientes em que pagamentos em tempo real e demais
transações financeiras tornam-se invisíveis para quem consome.

2. Open Banking 

O Open Banking é um recurso em que os dados financeiros se tornam mais
acessíveis, o que auxilia na criação de novos sistemas sem a necessidade de
trabalhar com linguagens defasadas de programação. O recurso possibilita aos
novos players a capacidade de forjarem sistemas com base em infraestruturas
de processamento em tempo real, por exemplo.
É válido citar que ao passo em que mais empresas anseiam por se conectar a
mais áreas de infraestrutura bancária, demais setores passam a poder
trabalhar na simplificação da comunicação por meio de redes. Com novas
tecnologias impulsionando o Open Banking o caminho se abre ao Open
Finance, com vistas ao atendimento de toda a população.
Há ainda um apontamento para a importância do o arcabouço regulatório com
ênfase no avanço do Open Banking em todo o mundo. O Brasil está muito
avançado dentre os países da América Latina: em nosso país o Open Banking
já evoluiu para o Open Finance e, segundo a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban), já alcançou17,3 milhões de consentimentos e 45 novos produtos.
México e Colômbia são países que já contam com regulamentação sobre o
tema, enquanto Chile, Argentina e Peru seguem estruturando seus arcabouços
regulatórios.

3. DeFi

DeFi significa “decentralized finance” e é uma sigla em inglês. No Brasil é
possível entender a expressão como equivalente a “finanças
descentralizadas”. A definição de finanças descentralizadas é complexa, muito
embora a definição seja simples.

As finanças descentralizadas têm o intuito de amoverem da equação bancos e
demais instituições de pagamento que intermediam basicamente todas as
trocas monetárias:
 transações financeiras tradicionais;
 empréstimos de todos os tipos;
 negociação de crédito;
 financiamentos de todos os tipos;
 Investimentos;
 criação e gestão de poupança;
 entre outras transações.

Nessa multiplicidade de possibilidades, há uma relação de temas indicados
como tendências para o mercado financeiro:

 Stablecoins: são  criptomoedas  relacionadas a uma moeda fiduciária. Uma vez
que o mercado cripto enfrenta queda de valor, as stablecoins se apresentam
como maneira de passarem confiança no mercado.
 CBDCs: trata-se de moedas digitais, emitidas e regulamentadas pelo banco
central do país que emite. Caribe e Nigéria emitem CBDC. Há intenção de
lançamentos em outros países, como é o caso do Brasil que deve lançar
o Real Digital em 2024.
 Social and digital payments:  pagamentos realizados em chat possibilitam
transações financeiras operadas em redes sociais.
 Staking: modo de angariar renda passiva através de investimentos em
criptomoedas e que enfrenta questões de regulação ainda em meio a
polêmicas.

4. Dados alternativos no Score de Crédito

A utilização de dados alternativos para cálculo da pontuação de crédito deve
expandir o acesso dos brasileiros a serviços financeiros, instituindo a inclusão
da população dita “desbancarizada”.
Verifica-se essa tendência em todo mundo com as startups, que oferecem
acesso a produtos novos e serviços financeiros considerando dados não
convencionais.
Essa inovação será crucial para o futuro do acesso ao crédito.

5. Identidade Digital 

A identidade digital representa toda e qualquer forma de documentação que
permite identificar uma pessoa ou empresa por meio de dispositivos e recursos
tecnológicos.
A simbiose entre capacidade de identificação e tecnologia relaciona a
identidade digital e o universo de soluções em banking.
Engana-se quem pensa que isso representa inovação somente aos serviços
financeiros, pois os benefícios podem ser observados em setores da saúde e
da educação.
A importância do ID digital se justifica justamente para que interações virtuais
possam ser verificadas e então um verdadeiro universo virtual possa ser, de
fato, seguro.
Dessa forma, com um número cada vez mais elevado de transações
financeiras sendo vivenciado na esfera digital, a necessidade e importância de
verificação de identidade se mostra uma demanda crescente e promete ser
uma tendência.

6. Pagamentos Instantâneos 

Os pagamentos instantâneos funcionam de forma simples, seguindo o que se
promete: consiste na criação de sistemas que possibilitam que o dinheiro
transite com maior eficiência e rapidez entre as partes envolvidas na compra e
na venda. Essa ferramenta tecnológica é crucial para a digitalização da
economia e para a inclusão financeira.
Em nosso país, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos e colocado em
atuação pelo BACEN, completou dois anos como um grande trunfo. O meio de
pagamento é o mais utilizado desde o início de 2022 e já conta com mais de 26
bilhões de transações.
A grandiosidade do sucesso dessa forma de pagamento fez com que o BCB
fizesse anúncio de planos de abertura de protocolos do sistema gratuito a
todos os países que os queiram utilizar. A Colômbia, o Uruguai e o Peru são
exemplos de mercados que possuem interesse em tornar célere o processo de
inovação de seu sistema financeiro contando com o  Pix .
O México também conta com pagamentos instantâneos, viabilizados
pelo  CoDi  — sigla para Cobro Digital. A Argentina, por sua vez, conta com
o Transferências 3.0.

O que achou das novidades para o mercado financeiro a partir da
colaboração tecnológica? Este e os próximos anos prometem grandes
mudanças na forma de tratarmos transações e finanças.
Se este artigo foi importante pra você, compartilhe com seus amigos e

torne este tema domínio de todos.
COOPBANK e você, tudo a ver!

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