Empresa em crise: e agora?

A crise é um dos assuntos mais incômodos aos empresários, mas é necessário
que ele esteja antenado quanto aos sinais que a empresa dá antes de entrar
em alerta de crise.
Quando o assunto é crise, é comum se deparar com as seguintes perguntas:

É possível recuperar uma empresa em crise?
O que fazer nesse caso?
Que atitudes tomar?

Hoje vamos falar um pouco sobre esse tema! Te interessa? Então fica aqui
com a gente!
Em primeiro lugar, para que se trabalhe para recuperar algo é preciso que se
reconheça que algo não vai bem.
Para tal é preciso humildade e entendimento de que toda a ajuda especializada
e não especializada será necessária. Humildade e auxílio são, portanto, dois
pontos importantes para a recuperação.
Por que humildade?
Muitos empresários não estão atentos a isso, porém o ego inflado somado à
liderança pode ser determinante para, a longo ou mesmo curto prazo, o
fracasso de uma empresa.
Quando a liderança é muito autocentrada, acaba por determinar ordens que
visem apenas o seu benefício, ou mesmo que considere apenas o seu ponto
de vista.
Isto não é interessante principalmente porque, como já falamos em outros
artigos aqui na COOPBANK, equipes são múltiplas e é justamente essa
multiplicidade que permite um trabalho mais arrojado e com perspectivas
díspares.
Outros pontos importantes a recuperação de uma empresa são investimento
em mudança estratégica, novo olhar sobre precificação de produtos e
mercadorias no tocante aquilo que o mercado oferece.
Mas, independentemente de fatores financeiros ou de gestão, outros fatores
também podem ser decisivos para que uma empresa enfrente uma crise. Mas
o que fazer para contornar um cenário de crise?
Controle Financeiro é decisivo!
É preciso que alguém ou algum setor – dependendo do tamanho da instituição
– esteja responsável pelas transações financeiras, e com conhecimentos

técnicos, decida quais são as prioridades em uma conjuntura de escassez
financeira.
Esse ponto é crucial porque é necessário que as decisões tomadas sejam bem
pensadas para que não haja nenhum tipo de prejuízo à empresa e suas
funções básicas frente ao mercado.
É muito simples pensar que se a empresa negligencia o pagamento de um
fornecedor chave, esse erro pode ser decisivo para emperrar todo o
funcionamento da mesma, que interrompendo o fornecimento de seu produto
em função desse primeiro erro, cria uma cadeia de problemas à empresa, que
será afetada em todos os seus setores.
Corte despesas supérfluas, que não oferecem impactos maiores as operações
realizadas. Para conquistar um fluxo de caixa positivo é necessário abolir
gastos extras.
Portanto, em um momento de crise é necessário que as decisões sejam
assertivas e bem calculadas, para que a crise não se agrave e arrisque ainda
mais o funcionamento da instituição.
Envolva a equipe!
Uma crise só pode ser gerida se a equipe estiver envolvida nesse processo.
Esse envolvimento garante que a empresa não entre em um colapso interno,
que é uma situação de extrema gravidade em uma conjuntura já desfavorável.
Se um time não se enxerga como tal e se deixa abalar, a produtividade
despenca e os problemas se tornam ainda maiores.
Para que a equipe se desenvolva e porte bem frente à crise, é necessário que
a liderança tenha uma postura coerente e que em hipótese alguma os
problemas entre os líderes apareçam frente a sua equipe, que são
subordinados.
Em uma situação de instabilidade é preciso que sejam reduzidas ao máximo as
fragilidades.
Uma empresa em crise precisa de crédito, mas consciente!
A falta de dinheiro é o principal responsável pela quebra de uma empresa,
porém a busca por crédito não pode ser feita de qualquer maneira e sem medir
as consequências.
Uma empresa que já se encontra em crise pode se afundar ainda mais em
virtude de más escolhas na busca por crédito, por isso empréstimos não devem
ser tomados de forma descontrolada.

A mentalidade é o que precisa mudar, pois atitudes iguais levam a destinos
iguais, logo, novas óticas e comportamentos levam a novas experiências e
consequentemente a novos resultados.
Fique de olho no seu estoque
Um estoque parado e sem atenção pode representar importante aliado em um
momento de crise, por isso, é preciso ficar de olho naquilo que possui a
disposição. Estoque pode ser, portanto, oportunidade.
Além disso, um estoque parado representa espaço ocupado de forma
desnecessária, empenho em organização e também podem estragar, se
composto por perecíveis ou mesmo cair em desuso por clientes, no caso de
roupas, sapatos e adereços de moda.
Vendendo seu estoque, o empresário pode gerar receita e otimizar a utilização
do tempo de seus colaboradores, que poderão se ater a outras necessidades.
Demissão de funcionários?
Muitos empresários acreditam que a demissão de funcionários é o primeiro
passo para o corte de gastos, mas é preciso que seja feito de forma
consciente, porque os custos de desligamento de um funcionário podem ser
pesados para uma empresa que já se encontra em crise e, além disso, uma
demissão descontrolada pode fazer com que um colaborador essencial seja
desligado.
Em uma empresa é necessário que se tenha o hábito de colocar as contas no
papel, deixando-as sempre em dia e assim garantindo a que qualquer sinal de
contas no vermelho sejam vistas antes da situação se agravas de fato. Logo, o
controle financeiro é essencial!
É preciso saber, antes de renegociar as dívidas com o banco e fornecedores,
se haverá condição de quitá-las, por isso o controle financeiro é de suma
importância.
Por fim, é importante que o funcionário mantenha seus ganhos divididos em
três partes: lucros, reinvestimento na empresa e por fim, uma reserva para
capital de giro.
Essa reserva pode ser decisiva justamente em um momento de crise, a partir
dela a empresa pode se reestruturar ou ter tempo para vencer momentos de
dificuldade do próprio mercado.
É necessário que o empreendedor faça uma reflexão sobre a continuidade de
seu negócio.
Se colocar as contas no papel, buscar renegociar as dívidas e ainda assim
acreditar que não será possível dar continuidade com o seu negócio de forma a

ser lucrativo, é preciso repensar a sua viabilidade para que mais recursos não
sejam perdidos.

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