A GREVE DOS PERITOS DO INSS E SEUS IMPACTOS EM 2025

A GREVE DOS PERITOS DO INSS E SEUS IMPACTOS EM 2025

A greve dos peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve início em agosto de 2024, com cerca de 10% dos profissionais aderindo à paralisação parcial. A principal reivindicação da categoria é o cumprimento de um acordo firmado em 2022, que estabeleceu normas de produtividade. No entanto, em 2024, o Ministério da Previdência Social implementou um novo Programa de Gestão e Desempenho (PGD), o que desagradou parte dos servidores e resultou na greve.

A paralisação tem causado um aumento significativo na fila de espera para a realização de perícias médicas. Em julho de 2024, antes do início da greve, havia 576,3 mil pessoas aguardando atendimento. Esse número subiu para 606 mil em agosto e, em janeiro de 2025, chegou a 686 mil pessoas na fila. Sem a perícia médica, os segurados do INSS não conseguem receber benefícios como o auxílio-doença.

Para minimizar os impactos aos segurados, o INSS iniciou o reagendamento automático das perícias afetadas, realocando-as para peritos em atividade. Os segurados são notificados sobre a nova data e horário por meio da Central 135 ou do aplicativo Meu INSS.  Apesar dessas ações, a fila de espera por perícias médicas aumentou significativamente, passando de 576 mil para 686 mil pessoas nos últimos seis meses.

Em resposta à greve, o Ministério da Previdência Social decidiu suspender as agendas dos peritos que aderiram à paralisação e promover o desconto integral dos salários referentes ao período em que permanecerem em greve.

A Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) criticou as medidas adotadas pelo governo, afirmando que, com o bloqueio das agendas dos grevistas, cerca de 15 mil perícias deixarão de ser realizadas diariamente.

O impasse nas negociações tem gerado desgaste para o governo e prejudicado milhares de trabalhadores, inclusive os bancários que dependem das perícias médicas para obter seus benefícios previdenciários.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo tem registrado diversos casos de profissionais prejudicados pela paralisação. Por exemplo, um bancário diagnosticado com esquizofrenia orgânica e em recuperação de câncer aguarda o resultado de sua perícia desde 16 de dezembro de 2024, quase dois meses sem resposta do INSS. Outra bancária teve sua perícia remarcada duas vezes, passando de 15 de janeiro para 7 de fevereiro e, posteriormente, para 14 de março, deixando-a sem remuneração durante esse período.

Diante desse cenário, o Sindicato dos Bancários de São Paulo tem prestado apoio aos trabalhadores afetados, buscando soluções para minimizar os prejuízos causados pela paralisação e cobrando respostas das autoridades competentes para a normalização dos atendimentos.

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