Saúde e segurança no trabalho devem ser exemplos de preocupação das empresas em geral, assim como das instituições bancárias e financeiras em relação a seus colaboradores, por isso, em meio a esse contexto atravessado pela humanidade, resolvemos abordar um pouco do assunto no nosso artigo da semana.
Quer saber um pouco mais sobre o assunto, vem com a gente!
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades” é uma definição apropriada ao conceito de saúde.
Portanto, para que se considere o bem-estar do colaborador, é preciso que uma série de fatores sejam considerados e aprimorados para que seja garantida a qualidade no ambiente de trabalho.
Ainda assim, é possível encontrar muitos relatos de bancários que sofrem com algum tipo de doença ocupacional, dados esses que, por sua vez, indicam uma atenção dessas instituições ainda inadequada à qualidade do ambiente em que encontram-se os colaboradores na prática de seu labor.
Falando um pouco sobre ergonomia…
Pode ser conceituada como uma disciplina científica que busca compreender as interações entre o humano e outros elementos do sistema, para a partir disso, teorizar sobre dados e métodos aplicáveis com a finalidade de otimizar o bem-estar humano e seu desempenho no meio laboral.
Com ênfase na expressiva quantidade de riscos ergonômicos aos quais estão suscetíveis os trabalhadores em seus ambientes de trabalho, a ergonomia coloca em cena uma série de instrumentos que visam organizar o ambiente de trabalho de maneira a equiparar condições propícias a manutenção da saúde do trabalhador às atividades laborais que devem ser por ele realizadas.
É através dela que, portanto, são pensadas soluções coerentes que ofertem melhoras a qualidade de vida e atividade exercida pelo indivíduo.
As informações trazidas pelos colaboradores são de suma importância para a aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho, uma vez que a partir de suas queixas e sugestões, o profissional responsável pela análise do ambiente de trabalho poderá qualificar ainda mais as adaptações.
A ergonomia é normatizada através das normas regulamentadoras e com base nessas informações trazidas, se aplicam após análise conjunta do Técnico em segurança do trabalho e do Fisioterapeuta, que em conjunto trabalham para a melhoria da saúde dos funcionários.
As normas são colocadas em prática a partir de diversas avaliações que auxiliam na identificação de irregularidades nos postos de trabalho. Elas se somam às informações dos colaboradores e também àquelas já consolidadas e estudadas.
A Norma Regulamentadora 17
A NR17 que no Brasil é de aplicação transversal em uma variedade de atividades econômicas, é uma norma que regulamenta os artigos 198 e 199 da CLT e que estabelece dispositivos que devem ser assimilados tanto por empresas quanto colaboradores no que diz respeito as condições do ambiente de trabalho, levando em conta o maior nível de conforto, segurança e condições de desempenho de suas funções no caso do empregado.
Para saber mais sobre o NR17, baixe em PDF a Norma Regulamentadora
Nesse caminho, a NR17 trabalha em prol da manutenção de um ambiente seguro e propício aos colaboradores e postula parâmetros que precisam ser observados pelas empresas no que diz respeito a adequação dos materiais utilizados pelos colaboradores em suas funções, o que inclui: equipamentos de mobiliário, as condições ambientais as quais os colaboradores são submetidos –
- temperatura
- exposição a ruídos
- umidade relativa do ar
- condições de iluminação, etc
Além da própria forma como o trabalho é organizado, que inclui a relação trabalho a se desenvolver e pausas para o descanso.
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Vamos a alguns exemplos…
Em atividades que envolvam digitação, leitura e datilografia, por exemplo
A empresa deve equipar o posto de trabalho do colaborador com equipamentos que permitam a manutenção da boa postura do trabalhador.
Ou seja, ele precisa ser ajustável a cada colaborador. Isso evita movimentos desnecessários com o pescoço, cansaço das vistas o próprio desgaste da coluna e lombar.
O papel utilizado pela empresa não pode ser brilhante, deve ser de fácil legibilidade, para a manutenção da visão.
Nesse exemplo percebemos que a intenção das regras aplicadas é a de proteger o trabalhador na feitura de suas funções laborais, evitando o desgaste da visão e do corpo, além de outros desgastes que podem ser sofridos caso as normas não sejam aplicadas e respeitadas.
Um outro exemplo que pode ilustrar bem o que falamos é a utilização de equipamentos adequados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo. Vamos a algumas regras:
Deve ser possível manuseá-los e ajustá-los de forma suficiente para que não haja interferência da iluminação ambiente, ou seja, reflexos.
Além disso, o fácil manuseio e mobilidade dos mesmos devem garantir ângulos que não atrapalhem a visão do trabalhador.
O colaborador deve contar também com teclado móvel e independente, para que ele possa fazer os ajustes adequados a seu uso.
A posição do maquinário deve ser passível de ajustes, ou seja, a superfície em que se encontram devem garantir isso.
Refletindo…
As diversas normas pensadas pela ergonomia são fundamentais para o bom funcionamento na relação saúde do colaborador e trabalho desempenhado.
Somente apresentando cuidado com o colaborador é possível reter bons frutos de seu trabalho.
É preciso, portanto, impulsionar a prática de exercícios, oferecer meios para isso e no que diz respeito a atendimentos médicos e fisioterapêuticos, oferece-los com qualidade, assim como seguir fielmente as recomendações dos técnicos que prezam pela segurança e saúde do colaborador, oferecendo melhores equipamentos, EPI’s e adaptando as soluções por eles apresentadas.
Como você se sente trabalhando na sua empresa?
Você consegue sentir o cuidado com sua saúde e segurança?
Está satisfeito? Você já precisou se queixar de alguma situação relacionada a equipamentos ou ambiente de trabalho?
Como a crítica foi recepcionada?